19/05/2015

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Corte será menor com texto do ajuste como quer governo, diz Guimarães

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o corte de despesas federais será menor se o Congresso Nacional aprovar as propostas que compõem o ajuste fiscal na forma que o Palácio do Planalto deseja.

Medidas Provisórias e um projeto de lei que reduz incentivos a empresas beneficiadas pela desoneração da folha de pagamentos tramitam nas Casas do Legislativo. Esses textos estão sofrendo alterações que afetam a expectativa da equipe econômica do governo em relação ao aumento de receita ou à queda nos gastos.

“O ajuste é necessário, precisa ser feito e, se ele for feito na medida como nós pretendemos, os cortes no orçamento serão menores. Nós temos que preservar as áreas fundamentais para a retomada do crescimento do país, os investimentos do PAC, a questão da educação, da saúde”, afirmou Guimarães.

Ele avalia que o contingenciamento nas despesas federais programadas para este ano “não será pequeno”. "No sentido de fazer aquilo que muitos cobravam do governo, cortar nas despesas, cortar aquilo que for possível para permitir o ajuste e o equilíbrio das contas públicas", comentou o líder. Esse valor de corte de gastos será divulgado na quinta-feira, de acordo com previsão do governo.

Guimarães afirmou ainda que os cortes são necessários devido à aprovação pela Câmara de uma alternativa ao fator previdenciário, que é inviável para o País. "Isso é um rombo do tamanho do mundo, não só da Previdência, mas do governo, nos próximos anos."

Apesar de o montante estar relacionado com a versão dos textos que compõem o ajuste econômico a ser aprovada pelo Congresso, a presidente Dilma Rousseff irá anunciar o contingenciamento no prazo, frisou Guimarães.

O projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos é, na avaliação do líder, muito relevante para o ajuste. A previsão é que esse tema seja votado pelo plenário da Câmara na quarta-feira.