26/08/2014

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Refinaria Premium II movimentará R$ 15 bilhões entre o Ceará e China

A instalação da Refinaria Premium II deve movimentar cerca de R$ 15 bilhões entre o Ceará e China. O negócio entre os dois países foi assunto do Futura Trends, organizado pelo Grupo O Povo, em Fortaleza, que discutiu as principais de tendências do comércio e tecnologia mundial. Junto à Refinaria Premium I, no Maranhão, o valor movimentado entre Brasil e o gigante asiático chegará a R$ 30 bilhões.

O empreendimento será localizado no Estado do Ceará, dentro do Complexo Portuário do Pecém, entre os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Quando estiver pronta, a Refinaria Premium II produzirá óleo diesel, querosene de aviação (QAV), nafta petroquímica, GLP (gás de cozinha), bunker (combustível para navio) e coque. A capacidade de processamento será de 300 mil barris/dia e deve gerar 90 mil empregos diretos e indiretos.

O projeto da Premium II se encontra em reavaliação técnica e econômica para adequação aos parâmetros internacionais da indústria de petróleo e gás, segundo a Petrobras. A presidente da empresa, Graça Foster, anunciou no mês passado que até o final deste ano será lançada licitação para construção da refinaria.

“É uma obra, portanto, que tem um extraordinário impacto no PIB do Ceará, e é assim que o PT vem qualificando a economia do Nordeste, que vem crescendo a taxas maiores às da média nacional”, comenta o deputado federal.

ANACÉS

No dia 1º , a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) concedeu a Licença de Instalação (LI) para a implantação da refinaria e no último dia 17 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) a lei que autoriza o Governo do Estado a desapropriar trecho da Rodovia CE-085 que será entregue à Petrobras para implantação da refinaria Premium II, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

O empreendimento faz parte do compromisso firmado em dezembro do ano passado pelo Governo estadual com a Petrobras, o Ministério Público Federal, a Fundação Nacional do Índio - Funai e as comunidades indígenas dos Anacé de Bolso e Matões que serão realocadas de áreas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) para uma área próxima. A Seinfra solicitou junto à Superintendência Estadual do Meio Ambiente -Semace, a licença de instalação da reserva, já tendo, inclusive obtido a Licença Prévia que aprova a viabilidade ambiental do projeto.

As casas serão distribuídas entre quatro aldeias Anacés (Baixa das Carnaúbas, Currupião, Matões e Bolso). O terreno foi adquirido pela Governo do Estado por R$ 15 milhões. Um convênio com a Petrobras garantirá outros R$ 15 milhões para repasse à Secretaria para a implantação dessa infraestrutura. O terreno foi aceito pelas comunidades indígenas após ampla discussão, tendo estas recebido apoio técnico da Funai.

(com informações das agências de notícias)