22/07/2014

Imprimir notícia

Compartilhe esta postagem:


Oposição poderá rever modelo de redistribuição dos royalties, afirma Guimarães

Uma derrota da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá “interditar” iniciativas importantes como a destinação de 75% dos royalties para Educação e o programa Mais Médicos. A afirmação é do deputado federal José Guimarães (PT-CE), que participou na noite de ontem (21) de plenária com professores ligados à Apeoc.

Para ele, a disputa presidencial deste ano poderá ser uma das mais duras da história nacional e envolve o projeto de mudança iniciado pelo ex-presidente Lula em 2003. “As elites querem interditar as mudanças realizadas a favor do Brasil que realizamos nos últimos anos. Quando penso na possibilidade de perdermos esta disputa, confesso que fico absolutamente preocupado”, disse.

“Será uma disputa de grandes proporções e por um projeto que vem desenvolvendo com distribuição de emprego e renda para a camada mais pobre deste País”, completou. Para Guimarães, o debate promovido pela Apeoc ajudou a fortalecer a proposta de vinculação de um percentual dos royalties para valorização do magistério.

MAIS MÉDICOS

Mesmo declarando não ter o “menor constragimento” em programas sociais criados pelo PT no governo federal, o senador tucano votou contrário à proposta da presidente Dilma de repartição dos royalties, que vinculam 25% dos recursos dos royalties 75% para educação, e declarou sabatina para Folha de S. Paulo que pretende mudar as regras do programa Mais Médicos.

Na prática, Aécio quer submeter os médicos estrangeiros ao Revalida e dar novas diretrizes aos contratos fechados com o governo cubano. No caso dos médicos cubanos, o rompimento do contrato com o governo socialista tiraria 11 mil dos 14 mil profissionais que atuam no Brasil, o que inviabilizaria por completo a iniciativa do governo Dilma.

"As críticas feitas pelo senador não significam uma sugestão para a melhoria do programa. Essas críticas demonstram simplesmente que o senador é contra o Mais Médicos, aliás como foi a posição do seu partido ao longo de todo o processo de aprovação", comentou a presidente Dilma durante bate-papo pela internet.

Segundo ela, com a aplicação do Revalida os médicos estrangeiros iriam preferir as regiões mais ricas do Brasil.