10/10/2013

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Brasil reduz desigualdade em ritmo chinês

O Brasil dos brasileiros vai muito melhor que o Brasil dos economistas. A conclusão é do presidente Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e secretário de Assuntos Estratégicos, ministro Marcelo Neri, que fez uma análise dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), no lançamento da primeira análise social da pesquisa 2012.

Os números da Pnad mostram que existem dois Brasis: um que gerou Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%, apelidado de “pibinho”, e outro, revelado pela pesquisa, que revelou crescimento de 8% na renda média dos trabalhadores, “um desempenho de nível chinês”, define Néri.

“A Pnad 2012 surpreende muito, porque foi o ano do ‘pibinho’ – o PIB cresceu 0,9%, mas a renda média dos brasileiros cresceu 8,9%. Ou seja, uma diferença de 8 pontos percentuais. A desigualdade deu uma estabilizada [descendente] em 2012, mas, com certeza, a pobreza teve uma queda espetacular por conta do crescimento”, afirmou Neri. Entre 2011 e 2012, 1 milhão de brasileiros deixaram a pobreza extrema e 3,5 milhões deixaram a pobreza.

Para Neri, o avanço registrado pela Pnad deve ser atribuído ao forte crescimento do mercado de trabalho, principalmente pelo aumento do salário e não tanto pelo crescimento na ocupação, pois o país está vivendo quase um momento de pleno emprego. “Houve uma melhora em termos de formalidade e mais acesso a direitos trabalhistas. Fundamentalmente, é uma economia em que o mercado de trabalho está descolado do crescimento do PIB. São dois Brasis completamente diferentes.”

Outros fatores que contribuíram para o bom momento da economia brasileira demonstrado na Pnad foram a melhor distribuição de renda e os ganhos reais do salário mínimo, destacou o ministro, que apontou nova queda na desigualdade: “de 2003 até 2011, tivemos um crescimento da renda na Pnad de 40,5% no acumulado. E o PIB per capita cresceu 27,7% nesse período.”

Outra avaliação da Pnad, realizada pelos pesquisadores Andrezza Rosalém e Samuel Franco, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) mostra que quatro milhões de pessoas deixaram a condição de pobreza (renda mensal de até R$ 233) e outros 1,8 milhão saiu da linha da extrema pobreza, faixa que considera quem vive com até R$ 116,50 por mês.

Em entrevista ao jornal O Globo, eles apontaram que o percentual de pobres do País baixou de 20,6% em 2011 para 18% no ano passado. Já a parcela da população em situação de extrema pobreza passou de 6,9% para 5,8%.

Tanto os pesquisadores do Iets quanto Marcelo Neri chamaram atenção para a desaceleração na queda da desigualdade, cuja taxa permaneceu estagnada entre 2011 e 2012. Nery destacou um dado curioso: os segmentos que tiveram o mais significativo crescimento de renda neste período foram os 5% mais pobres (cuja renda cresceu próximo dos 20%) e os 5% mais ricos, que tiveram um incremento de renda em torno dos 9%.

(com informações do Instituto Lula)

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