14/10/2004

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Guimarães defende troca de comando na Polícia se crime não for elucidado

Ele disse que, por volta das 2h30min da madrugada de hoje, a Companhia de Rodeios Cidrack teve sete de seus integrantes assassinados quando voltavam de uma apresentação.

As sete pessoas, uma mulher e seis homens, foram mortas na CE-265, na localidade de Antônio Pereira, entre Ibicuitinga e Quixadá, no Sertão Central do Estado. "Este é mais um fato grave que precisa ser divulgado nesta tribuna", disse Guimarães.

As vítimas voltavam de um rodeio em Quixadá. A equipe parou na estrada para ajudar um carro que estava com supostos problemas mecânicos. Naquele momento, foi anunciado um assalto.

As primeiras informações indicam que houve reação por parte das pessoas, que acabaram sendo assassinadas. A polícia encontrou dois mortos num Monza, dois num Fiorino e três no meio da pista. Foi encontrada também uma escopeta calibre 12. Para a Polícia, há três hipóteses: vingança, assalto ou pistolagem. Ainda não há pistas dos autores da chacina.

Guimarães lembrou os dois últimos casos ocorridos na Região Jaguaribana: o assassinato do radialista Nicanor Linhares, em 30 de junho de 2003, e a chacina que deixou sete mortos no dia 18 de setembro do ano passado.

Ambos os crimes aconteceram em Limoeiro do Norte. "Não estou acusando ninguém, mas precisamos saber quem praticou essa chacina. No Vale do Jaguaribe há um recrudescimento da violência, da pistolagem e da bandidagem.

A Polícia não tem controle da situação e a população vive um clima de medo constante", afirmou ele. O deputado cobrou informações do secretário de Segurança Pública do Estado, Wilson Nascimento, até o fim da próxima semana. "Caso contrário, solicitaremos a troca de comando deste cargo tão importante, que está sendo desmoralizado", advertiu.

O deputado Moésio Loiola (PSDB) disse que os policiais que estiveram no local descartaram qualquer possibilidade de relação deste crime com a chacina anterior, a não ser a coincidência entre o número de vítimas.

O deputado Heitor Férrer (PDT) afirmou que, durante o primeiro mandato do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), constatou maior repressão ao crime organizado no Estado, diferente do que, segundo ele, acontece atualmente. "Este tipo de crime não é comum. Uma chacina praticada com escopeta certamente tem ligações com o crime organizado.

Não interessa se há ou não relação entre esses crimes e os anteriores, o fato é que a polícia precisa esclarecê-lo", cobrou o parlamentar.

Fonte: Comunicação da ALEC