05/12/2012
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Presidente do BNB descarta incorporação do banco a outra institui&
A Bancada do Nordeste no Congresso Nacional realizou a última reunião do ano na manhã desta quarta-feira (05). Durante o encontro, os parlamentares receberam o presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel Lanzarin, e tiraram dúvidas com a diretoria da instituição, que apresentou as estratégicas de atuação do banco, as ações que vem desenvolvendo nos estados, as linhas de crédito e financiamento e as perspectivas de investimentos para o próximo ano.
“[Com a reunião] Ampliamos o diálogo e formulamos boas propostas para o Nordeste”, avalia o coordenador da bancada, deputado José Guimarães (PT-CE). Na opinião do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), a nova diretoria do BNB, “tem sido uma parceira importante deste regaste que o banco está fazendo, como instituição, e que precisa ser fortalecida”.
“O Nordeste não pode dispensar o BNB, forte e capaz de cumprir a sua missão, como foi aqui exposto”, declarou Daniel Almeida (PC do B-BA). “Precisamos do Banco do Nordeste capitalizado e este é um desafio que esta Casa está assumindo para a região Nordeste”, complementa o baiano, questionando sobre a possibilidade de incorporação do BNB por outra instituição financeira.
INCORPORAÇÃO AO BNDES
Em resposta, Lanzarin descartou a possibilidade de incorporação do BNB ao BNDES, ou qualquer outra instituição financeira do País. “Não tem nenhuma, mas nenhuma conversa, nenhuma insinuação até hoje, do período que estive lá [Banco do Brasil] até ser nomeado pelo ministro da Fazenda”, descartou o presidente da instituição. Na opinião dele, a “insinuação” não teria sentido, haja vista o plano de ampliação do número de agências do banco e investimento em tecnologia.
“Falo que isso fica por conta de colocações muitas das vezes mal compreendidas. Quando nós falamos em compartilhar para você favorecer, tornar-se mais eficiente, de repente as pessoas podem ter compreendido mal. Mas não tem a mínima possibilidade de se fazer essa incorporação com outro banco”, assegurou.
PARCERIAS
Durante a reunião, o coordenador da bancada nordestina elencou três propostas que foram acolhidas para análise do banco. Guimarães citou, em primeiro lugar, que foi acertada a constituição de um grupo de trabalho formado por técnicos do BNB e por parlamentares para tentar ampliar a integração das políticas de desenvolvimento regional. “Vamos fazer isso na área de ciência e tecnologia, investindo em inovação tecnológica para que o BNB se transforme num banco público de primeira linha”, disse o petista que garantiu emenda na Comissão de Finança e Tributação (CFT) para o banco no valor de R$ 2 bilhões.
Além disso, o BNB ficou de avaliar a possibilidade de elaboração de pequenos projetos para atender os empresários dos pequenos e médios municípios do Nordeste e de inclusão de cidades do interior do Nordeste e ações que, atualmente, contemplam apenas municípios do semi-árido nordestino. “Essas cidades terminam sendo penalizadas porque os financiamentos não tem os mesmos descontos dos trabalhadores daquelas cidades do semi-árido”, cita.
ROYALTIES
Outro ponto de discussão foi o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei de repartição dos royalties aprovado pelo Congresso Nacional. Os 23 vetos da presidente ao PL 8035/11 foram apresentados na última sexta-feira (30) e publicados no Diário Oficial da União (DOU) na segunda (03). A proposta do governo, que recebeu apoio da bancada petista, é manter o modelo de partilha para os contratos já firmados, e preservar o restante do texto aprovado pelo Congresso Nacional.
Em complementação ao que já foi decidido pelos parlamentares, Dilma ainda enviará nesta semana uma medida provisória sugerindo que 100% dos royalties futuros da exploração do petróleo e do pré-sal sejam destinados à Educação. "É uma proposta irrecusável", classifica o também vice-líder do governo Dilma na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).