25/05/2017

Imprimir notícia

Compartilhe esta postagem:


Manifestação revela o fantasma do autoritarismo

Brasília foi palco de um momento histórico nesta quarta-feira (24). A Capital Federal ficou amarela, laranja, verde, vermelha, azul – cores que representam as centrais sindicais que mobilizaram trabalhadores de todos os cantos do país para revelarem o descontentamento com um governo golpista e ilegítimo que tomou de assalto o Palácio do Planalto e tenta implantar um programa de retrocessos jamais visto. Tudo isto, por meio de um golpe parlamentar que mergulhou o país na pior crise institucional e de governabilidade presenciada pela história recente.

Harmonia, unidade e paz marcaram o início da mobilização nacional Ocupa Brasília. O canto que ecoou entre mais de 150 mil manifestantes presentes, entre eles, jovens, idosos, crianças, homens, mulheres, negros, índios, trabalhadores do campo e da cidade foi: “fora Temer”, “diretas Já”, “nenhum direito a menos”.

O grito dos milhares de guerreiros da democracia foi um recado ao governo ilegítimo de Michel Temer contra a agenda da maldade, onde os penalizados são os mais pobres e os trabalhadores, que sempre foram os construtores do desenvolvimento do país.

A harmonia, entretanto, foi quebrada no meio do ato, por infiltrados mascarados que resolveram promover a anarquia nas ruas com quebradeiras e provocações. Por sua vez, o governo covarde recorreu à praticas policialescas, só usadas no período da ditadura, para calar o povo brasileiro ali representado. Brasília, assim, viveu um de seus melhores e piores momentos: de paz e violência.

O Brasil dormiu estarrecido e preocupado com o fantasma do autoritarismo que avança a passos largos contra um regime democrático conquistados com sangue, suor e lágrimas de centenas de brasileiros que lutaram por um país justo e igualitário.

Para o deputado federal José Guimarães o momento exige cuidado redobrado. "Em protesto a tudo que aconteceu ontem em Brasília nos retiramos do plenário pois não podemos aceitar o que estava acontecendo na Esplanada dos Ministérios", comentou.