17/02/2017
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"Não vamos aceitar nenhum ponto dessa reforma", comenta Gabas
"Da forma como está sendo proposta, esta reforma da Previdência será um deserviço para a sociedade brasileira, prejudicando principalmente aos trabalhadores que mais necessitam da Previdência e da Seguridade Social", a avaliação é do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que participou de audiência pública em Fortaleza na tarde desta quinta-feira.
Gabas acredita que o principal prejudicado com a reforma será o trabalhador rural, principalmente à mulher. "Aos mais ricos, o governo oferece parcelamento com perdão da dívida e aos mais pobres, a retirada de direitos. Não podemos aceitar nenhum ponto dessa perversa reforma", comentou o ex-ministro.
Para o deputado federal, José Guimarães, o caminho para barrar a perversidade da reforma proposta é a mobilização nas ruas. "Não podemos ficar em nossos gabinetes, temos de ir às ruas junto com os movimentos sociais para barrar esse que é o maior ataque aos direitos dos trabalhadores brasileiros", comentou Guimarães.
"A direita chegou à presidência do país por meio de um golpe e hoje quer implantar reformas que prejudicam diretamente a classe trabalhadora", destacou o deputado estadual Moisés Braz (PT) ao abrir o debate que avaliou os impactos da reforma da Previdência.
A audiência pública aconteceu no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislação do Ceará.
Para um auditório lotado e representativo, Gabas apresentou um panorama da reforma proposta pelo governo Temer. O ex-ministro destaca que a seguridade social, construída nos governos petistas, está ameaçada. Caso aprovada, trabalhadores rurais e mulheres serão os mais afetados. Ele afirmou que é preciso grandes mobilizações sociais para barrar a proposta.
"A Reforma da Previdência vai acabar com sua aposentadoria, assim como inúmeros direitos conquistados a base de muita luta da classe trabalhadora. Não vamos permitir, não vamos recuar", comentou o presidente da Central Única dos Trabahadores no Ceará (CUT/CE), Wil Pereira.
