22/09/2015

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Congresso analisa vetos a projetos que podem anular esforço de ajuste

O Ministério do Planejamento concluiu, na última segunda-feira (21), que uma eventual derrubada dos 32 vetos em análise no Congresso terá um impacto financeiro de R$ 23,5 bilhões em 2016 e de R$ 127,8 bilhões até 2019. Além do veto ao reajuste do Judiciário, o governo também está preocupado com a possível derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à isenção de PIS/Cofins para o óleo diesel, incluída pelos parlamentares na Medida Provisória (670/15) que reajustava as tabelas do imposto de renda.

Só neste item, o impacto em 2016 é de R$ 13,9 bilhões, chegando a R$ 64,6 bilhões em 2019. Em entrevista no Palácio do Planalto, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), comentou o estudo do Ministério do Planejamento.

"A presidente Dilma tem tanta responsabilidade com o equilíbrio fiscal do País que alguns dos vetos poderiam até não interferir de imediato, mas o impacto futuro é muito grande. Então, o diálogo que fizemos é para buscar convencer o Congresso e o País do caráter inoportuno [da derrubada dos vetos]. Nós vamos quebrar o País? Em um momento como este, nós temos que dialogar bastante, principalmente, com as forças políticas que têm responsabilidade. Ninguém quer tocar fogo na economia brasileira".

Durante o encontro, realizado nesta segunda-feira no Palácio do Planalto, os parlamentares da base aliada disseram a Berzoini que o veto ao Judiciário corre risco de ser derrubado. Servidores têm feito forte pressão pelo reajuste, com manifestações semanais em frente ao Congresso. A proposta vetada por Dilma prevê aumentos entre 53% e 78% aos servidores, a depender do cargo.

O trabalho de convencimento do governo junto a deputados e senadores vai continuar nesta terça-feira (22), quando está prevista a sessão do Congresso para analisar os vetos presidenciais.