23/06/2015

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Observadores estrangeiros mostram confiança no Brasil

Observadores estrangeiros acreditam que as medidas postas em prática pelo governo brasileiro para conter os efeitos da crise estão surtindo efeito e já enxergam o Brasil sob uma perspectiva mais otimista se comparada às avaliações de meses atrás. É o que apontam vários especialistas de outros países em matéria publicada pelo jornal Valor Econômico. Esse cenário externo se contrapõe ao pessimismo que ainda é disseminado por setores da grande mídia e pela oposição.

Uma das opiniões é do professor da Universidade de Manchester (Reino Unido), Edmund Amman, que atualmente escreve um livro sobre os gargalos do crescimento brasileiro: “O Brasil não é mais pensado como um caso problemático, em que o governo está no caminho errado, praticando políticas do passado”.

Werner Baer, professor da Universidade de Illinois (EUA), especializado em economia brasileira, também opinou sobre o atual momento do país. “A combinação de novas medidas com um ministro da Fazenda conservador, que está colocando ordem na casa, mesmo com bastante sacrifício, aumenta a confiança de investidores, e isso pode levar a um aumento do crescimento”, disse.

“Já passamos o momento de maior pessimismo em relação ao Brasil”, disse Aryam Vázquez, economista-sênior da Oxford Economics. “Três ou quatro meses atrás, as pessoas falavam sobre o Brasil com o tom de fim do mundo, mas agora já nos afastamos desse cenário e vemos estabilidade. Ainda há muitos problemas, mas o país está no caminho certo.”

Para o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, o governo da presidente Dilma tomou decisão acertada ao realizar o ajuste econômico no primeiro semestre da nova gestão e já sinaliza a retomada do crescimento. O parlamentar cita como exemplo, os lançamentos do Plano Safra da Agricultura Familiar e o Programa de Investimento em Logística (PIL). “Para nós do governo, o ajuste fiscal foi o início, e o porto de chegada é o crescimento", disse.

"Foi mais um passo nessa que, para nós, é a decisiva agenda do crescimento. Desde o lançamento do Plano Safra da Agricultura, passando pelo PIL (Plano de Investimentos em Logística), e hoje o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, principalmente em momentos de dificuldade na economia, aumentar os recursos em 20%, é sinal mais do que evidente que estamos preparando as condições para a retomada do crescimento da economia", afirmou

Para o deputado Zé Geraldo (PT-PA), coordenador da Bancada do PT na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o que está ocorrendo é que os investidores externos estão conseguindo separar o discurso político do que é, de fato, verdade. Para o deputado, a disputa política vem disseminando, desde a última eleição, medo e preocupações, que acabam subjugando o potencial brasileiro no mundo e na América Latina.

“Acredito que as coisas começam a pegar o rumo, na medida em que o governo votou o ajuste fiscal. Isso deu uma credibilidade para quem está lá fora. Querendo ou não, o governo está sendo cauteloso, está sendo prudente com medidas adotadas, e isso repercute de forma positiva no exterior”, avaliou o deputado.

Comércio com EUA – Outra notícia positiva vinda lá de fora teve como mensageiro o vice-secretário de Comércio dos Estados Unidos, Bruce Andrews. Durante participação no Fórum de CEOs Brasil-Estados Unidos, evento que reuniu executivos de grandes empresas brasileiras e americanas em Brasília, na semana passada, ele afirmou que o Brasil continua muito atraente para as empresas americanas.

“O Brasil é um grande parceiro dos EUA. Houve US$ 73 bilhões de comércio no ano passado entre os dois países. (…) É a sétima maior economia do mundo. Mesmo com os desafios atuais, é um mercado fantástico”, avaliou o vice-secretário de Comércio dos EUA.

A afirmação do vice-secretário de Comércio dos EUA, na avaliação do deputado Helder Salomão (PT-ES), titular da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, soma-se a tantas outras, como a do FMI (Fundo Monetário Internacional), de que o Brasil está protegido das turbulências internacionais. “Elas confirmam também que o governo Dilma tem adotado medidas necessárias para a retomada do crescimento e para manter o mercado atraente com a indústria em desenvolvimento, ainda que em ritmo menor, e com geração de emprego e renda”, afirmou.

Helder Salomão disse ainda que grandes economias como Estados Unidos e China, além de organismos internacionais, enxergam o potencial do mercado brasileiro e trabalham por parcerias comerciais. “Enquanto essas grandes economias querem investir no Brasil, a oposição não desce do palanque e tenta, sem sucesso, desqualificar o nosso País”, criticou.