12/05/2015

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90% dos focos do mosquito transmissor da dengue são encontrados dentro de casa

O avanço da epidemia de dengue preocupa os cearenses. Desde o último boletim epidemiológico, divulgado em 17 de abril, o número de confirmações da doença subiu de 4.648 para quase 8 mil, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Outro número que chama a atenção é que nove pessoas faleceram em decorrência da dengue neste ano.

Em 2015, a doença foi registrada em 118 municípios cearenses (68,2% do território. Foram notificados 238 casos graves, sendo que 195 (82%) foram confirmados. No mesmo período do ano passado - de janeiro a abril - aconteceram 80 casos graves.

Para a Sesa, abril e maio são meses que requerem atenção especial, já que historicamente é quando o maior número de casos são registrados. Por isso, a secretaria ressalta estar chamando atenção dos profissionais de saúde, por meio de notas, para diagnosticarem precocemente e não subestimarem casos, inclusive para a suspeita de febre Chikungunya.

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada. Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.

São sintomas da chamada dengue clássica nos adultos: febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas.

Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. O exantema pode estar presente ou não.

PREVENÇÃO

Cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, são encontrados dentro de casa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda medidas de prevenção para combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

São elas: manter caixas d’água e outros recipientes de armazenamento de água fechados; colocar garrafas com a boca para baixo; não deixar água acumulada sobre a laje ou calhas; manter a lixeira fechada; colocar areia nos pratos das plantas.

Segundo especialistas, a ação de inseticidas só é efetiva quando o mosquito está em suspensão no ar e só mata o mosquito adulto. Com a ventilação a uma velocidade de 6 Km/h, a ação do produto dura de 40 minutos a uma hora e meia.

O inseticida não mata, por exemplo, as larvas do Aedes aegypti, que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes.