28/04/2015
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Moody's confirma nota da Petrobras e elimina risco de novo rebaixamento
A agência de classificação de risco Moody's confirmou nesta segunda-feira (27) a nota de crédito da Petrobras, avaliada em Ba2, e mudou a perspectiva que estava "sob revisão" para "estável". A mudança acontece após a divulgação do balanço auditado da petrolífera sem ressalvas na semana passada, dando “sinais efetivos de recuperação da sua capacidade”, na avaliação do líder do governo, deputado federal José Guimarães (PT-CE).
“A nota da Petrobras têm perspectiva estável, refletindo a expectativa da Moody´s de que as condições operacionais e financeiras da empresa não irão mudar substancialmente a curto e médio prazo”, divulgou a agência de classificação de risco. A perspectiva é que o desempenho financeiro da empresa deva declinar em 2015, antes de iniciar uma tendência de melhoria substancial.
Por fim, a agência observa uma lenta recuperação do preço do barril do petróleo no cenário global e afirma que iniciativas de governança podem melhorar as operações da empresa. O rating da Petobras ainda é sensível a mudanças na nota de crédito do governo brasileiro.
HISTÓRICO – Em fevereiro, a Moody's rebaixou todas as notas de crédito da Petrobras, o que fez com que a empresa perdesse seu grau de investimento – selo de qualidade que aponta segurança para os investidores.
Na ocasião, a nota de risco da dívida foi rebaixada de Baa3 para Ba2. A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a rebaixar a nota da Petrobras para grau especulativo. A empresa ainda tem grau de investimento pelas agências Fitch e Standard & Poor's.
Na sexta-feira (24), a agência Fitch confirmou a nota 'BBB-' para os títulos de dívida da Petrobras e retirou a companhia da chamada observação negativa, após a divulgação do balanço auditado na última semana. Na prática, ficou afastado no curto prazo o risco de perda do grau de investimento pela agência.
ENTENDA - A avaliação de risco é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado ou da empresa que eles escolhem para aplicar seu dinheiro.
Leia a íntegra da nota (em inglês).
