31/03/2015

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Dilma pretende assentar 120 mil famílias nos próximos quatro anos

A presidente Dilma pretende assentar até o final deste ano 11 mil famílias em áreas destinadas à reforma agrária e, ao final dos quatro anos de seu segundo mandato, 120 mil famílias. A informação é da nova presidente do Incra, Lúcia Fálcon, que tomou ontem (30) posse na Presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O número de assentados é um dos compromissos assumidos por Dilma na última campanha presidencial.

Nos últimos doze anos, 721.442 famílias foram assentadas e 51.247.390 hectares foram incorporados pelo governo para realização da reforma agrária. A média anual de desapropriações dos dois governos petistas, com Lula e Dilma, é 62% superior ao do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Entre 1995-2002, o ex-presidente assentou 541.704 famílias e desapropriou 21.075.726 hectares.

Nos oito anos em que Lula ocupou a Presidência da República, 614.088 famílias foram assentadas e 48.291.182 hectares foram incorporados pelo governo federal. O resultado bruto é superior ao do governo Dilma, que assentou 107.354 famílias e desapropriou 2.956.208 hectares. Para Lúcia Falcon, no entanto, os números precisam ainda incluir outros dados.

Qualidade e quantidade – A presidente do Incra defende, por exemplo, que o primeiro governo Dilma buscou combinar quantidade e qualidade. Por meio de chamadas públicas nacionais, por exemplo, o governo federal pode realizar obras em infraestrutura, como construção de vias de acesso aos assentamento e pontes. Em 2014, segundo dados do Incra, foram destinados R$ 221 milhões no eixo.

Por outro lado, através dos programas Água Para Todos e Terra Forte, 55 mil famílias garantiram o acesso à água e 26 mil famílias foram beneficiadas com o fomento à agroindústria, respectivamente.

“[Temos] que providenciar não somente o assentamento dessas famílias, mas principalmente agregar valor ao processo produtivo. Temos que pensar no desenvolvimento dos territórios.

Eu não acredito no desenvolvimento de um assentamento isolado. Como uma fábrica isolada não muda o desenvolvimento de uma região, ela precisa formar uma cadeia produtiva, um arranjo produtivo. É assim que eu penso os assentamentos, formando cadeias de proteção, com produção de alimentos saudáveis, segurança alimentar, segurança hídrica inclusive”, defendeu.

Metas - Em seu discurso, a nova presidente do Incra disse que apresentará em 30 dias uma proposta para desburocratizar a obtenção de terras, uma das metas de sua gestão. “[Temos] que providenciar não somente o assentamento dessas famílias, mas principalmente agregar valor ao processo produtivo. Temos que pensar no desenvolvimento dos territórios. Eu não acredito no desenvolvimento de um assentamento isolado. Penso os assentamentos, formando cadeias de proteção, com produção de alimentos saudáveis, segurança alimentar, segurança hídrica inclusive”, justificou Lúcia Falcon em entrevista.