17/03/2015

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Após manifestações, Dilma antecipará medidas de combate à corrupção

 

Após as manifestações de sexta (13) e domingo (15), a presidente Dilma Rousseff deve antecipar o anúncio de medidas anticorrupção em atenção às vozes das ruas. Segundo o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), a divulgação estava prevista para acontecer no meio deste ano e foi antecipada para próxima semana.

Hoje (17), Dilma recebeu o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coelho, um conjunto de medidas de combate à impunidade. Na audiência, Dilma ouviu do presidente da OAB a importância do financiamento público das campanhas eleitorais para o fim da corrupção e a criminalização do Caixa 2.

“À medida em que temos essa crise ética que estamos vivenciando, nós temos que aproveitar o momento como oportunidade para mudanças estruturais no Brasil”, comentou Coelho a jornalistas, depois de audiência com a presidente no Palácio do Planalto. “Campanhas milionárias, hollywoodianas, não contribuem para democracia no Brasil”.

Ajustes fiscais - Na opinião do líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), a oposição erra ao fugir do diálogo pregado pela presidente Dilma. “Qualquer democrata desse país não pode fugir ao diálogo. O país tem causas que independem de governo ou oposição. São causas produzidas pela democracia. Ninguém pode fugir ao diálogo, é um erro", declarou após reunião com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), ministros e outros líderes da base aliada.

Segundo informou, base aliada e bancada do PT na Câmara estão dispostas a votar os ajustes fiscais. “As medidas [provisórias 664 e 665] não estão retirando direitos, mas é preciso fazer esse diálogo com as centrais, porque elas estão colocando questões importantes”, informou.

Na noite de ontem (16), o ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi aplaudido de pé pela bancada do PT na Câmara. Para o governo, as MPs modernizam a legislação trabalhista e corrigem distorções pontuais na concessão de direitos trabalhistas.