02/03/2015

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Partido dos Trabalhadores vive momento desafiador, diz Guimarães

O Ano Legislativo está apenas começando e os desafios, dentro e fora do Congresso Nacional, são imensos. A avaliação do deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara, é que Dilma precisa recompor a base aliada e, ao mesmo tempo, falar diretamente com as vozes das ruas. “O PT precisa mobilizar geral, o que não pode é ficar chorando pelos cantos”, cobrou durante evento com lideranças petistas em Fortaleza.

Na próxima terça-feira (3), o Plenário da Câmara poderá concluir a votação do projeto de resolução que altera as normas para apreciação de vetos presidenciais (PRN 1/2015). A partir daí, de acordo com Guimarães, entra em pauta o primeiro teste do governo com a votação dos vetos presidenciais 31,32, 33 e 34/14 (ver lista abaixo), para, em seguida, ser concluído a votação do Orçamento da União para 2015.

“Este é o momento mais duro da história do Partido dos Trabalhadores, nacionalmente e nos estados. Não se trata apenas de uma disputa que está acontecendo no Brasil, há um verdadeiro cerco para quebrar a hegemonia de centro-esquerda na América Latina”, avalia o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).

O cerco conservador, no caso brasileiro, na opinião de Guimarães, é composto por uma elite que reúne parte da mídia conservadora e da oposição. O grupo vem pregando sistematicamente um golpe contra a presidente Dilma e é responsável por promover a criminalização do Partido dos Trabalhadores.

“Contra o conservadorismo crescente, que é o que vem acontecendo no Brasil, não pode haver descanso. Não tem salvação individual para ninguém, se qualquer um de nós for atacado estará atacando cada um de nós”, conclui o líder.

Os Vetos

Veto 31/14: veto total ao Projeto de Lei 3338/08, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que definia em seis horas a jornada do psicólogo;

Veto 32/14: veto parcial ao Projeto de Lei Complementar 238/13, do Executivo, que reduzia os índices de correção e concedia descontos no acumulado das dívidas com a União;

Veto 33/14: veto total ao Projeto de Lei 6711/09, do Senado, que permitia a destinação de ônibus apreendidos para o transporte escolar a cargo das prefeituras;

Veto 34/14: veto total ao Projeto de Lei 8072/10, do Senado, que fixava em 6% as contribuições do empregador e do empregado doméstico. O governo diz que o projeto contraria o interesse público porque o governo deixaria de recolher cerca de R$ 600 milhões por ano, o que, não seria “condizente com o momento econômico atual”.