27/02/2015

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Conferência Nacional da Juventude quer ampliar participação da sociedade

A 3ª Conferência Nacional de Juventude foi lançada em Brasília (DF) nesta quinta-feira (26), com o tema “As várias formas de mudar o Brasil”. Durante a solenidade, as narrativas e conquistas da juventude brasileira foram apresentadas por ministros, líderes de entidades e artistas como os rappers Rashid e Coruja e o poeta pernambucano Lirinha.

O evento contou com a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, do secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, de membros do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

Para o líder, a aprovação do Estatuto da Juventude pelo Congresso Nacional precisa ser enaltecida, embora represente apenas um primeiro passo. “É preciso ainda que os jovens se apoderem do Estatuto e que juntos possamos construir o Plano Nacional da Juventude”, cita. “Da nossa parte, o nosso mandato está a serviço das juventudes brasileiras e aberto à contribuição para que toda sociedade possa contribuir com mais este avanço do governo Dilma”.

Durante a solenidade, representantes de entidades ligadas aos jovens criticaram, por meio de rap, as dificuldades que muitos deles enfrentam, como a desigualdade social e racial. Em discurso, o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, disse que as manifestações promovidas no ano passado, conhecidas como "rolezinhos", mostraram que o jovem brasileiro questiona o modelo de segurança pública e o direito à mobilidade dos cidadãos.

“A disseminação da violência que afeta a juventude negra em nosso país é ainda um problema”, afirmou. Segundo Medina, as políticas para o segmento precisam ser voltadas para o combate aos altos índices de violência que atingem os jovens na periferia das cidades e para o reconhecimento das práticas não convencionais dos jovens de fazer política, com participações digitais, e nas ruas com saraus, projetos de extensão universitária e quilombos, entre outras.

Para a presidenta do Conselho Nacional de Juventude, Ângela Guimarães, é preciso combater o genocídio da juventude negra. “Temos que ter ousadia, inovação, destemor da juventude para dizer que muito vale o que foi feito, mas temos que apontar para o futuro, continuar a inclusão educacional e econômica da juventude”, disse Ângela, citando os grandes desafios do país quando o assunto é juventude. “Um dos gargalos é que o Brasil é um dos países onde é inseguro ser jovem, [pois] 30 mil mortos por ano são incompatíveis com o futuro e com o projeto de sociedade em que acreditamos”, enfatizou.

De acordo com o secretário-geral da Presidência da República, ministro Miguel Rossetto, para a organização do evento, previsto para a primeira semana de dezembro, haverá uma “grande convocatória a um gigantesco diálogo”. “Estamos, no Palácio do Planalto, chamando a juventude brasileira para mudar o nosso país. Nessa terceira conferência, iremos trocar nossas propostas, renovar nossos compromissos com a agenda de mudanças. Isso nos entusiasma, nos anima, e tenho absoluta certeza de que iremos mexer com o nosso país com a convocação que sai no dia de hoje”, ressaltou o ministro.

Em maio será iniciado o processo de organização da conferência, com encontros municipais e estaduais até que sejam definidas propostas e escolhidos delegados para representar cada região no evento nacional. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, 800 mil jovens participaram das duas conferências anteriores, que aprovaram, dentre outros, o Plano Juventude Viva e o Estatuto da Juventude.

(com informações da Agência Brasil)