05/02/2015

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Mais Médicos passará a atender 63 milhões de brasileiros, informa ministério

O Ministério da Saúde anunciou a abertura de 4.146 novas vagas no programa Mais Médicos neste ano para atender 1.294 municípios brasileiros. Destes, 273 municípios e 12 distritos indígenas estão aderindo ao programa pela primeira vez. A região mais beneficiada com as novas contratações será o Nordeste, com 1.784 novas vagas, seguido pelo Sudeste (1.019), Sul (520), Norte (395) e Centro-Oeste (393).

No Ceará, 113 municípios e um distrito sanitário indígena aderiam ao novo edital do programa. A solicitação irá garantir que 529 profissionais passem a atuar pelo Mais Médicos no Estado. Atualmente, 572 médicos, brasileiros e estrangeiros, atendem  2 milhões de cearenses pelo principal programa do governo para área.

O programa representa uma revolução na rede de atendimento básico de Saúde, afirma o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados. Além de permitir a humanização do atendimento público, o Mais Médicos estimula a construção, reforma e compra de equipamentos para os Postos de Saúde da Família (PSF).

“Estamos oferecendo não apenas um melhor atendimento, mas fazendo com que os médicos cheguem onde sequer a população imaginou que um dia iria chegar”, comentou o líder sobre a importância da ação.

CEARÁ

O prefeito de Pacajus, Marcos Paixão, é um dos reconhece a importância da iniciativa. Ao recepcionar as médicas cubanas Idaynovis Nápoles e Igleidis Utria, o gestor declarou total apoio às profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Banguê e do Buriti.

“Estamos muito felizes com a chegada de vocês aqui. Podem contar com o nosso total apoio para desempenharem a função de vocês da melhor forma possível”, afirmou o prefeito às duas médicas.

Formada há nove anos na Universidade de Havana, Idaynovis prefere ser chamada de Ida, e estava na Nicarágua havia três anos, onde trabalhava na cidade de Bilwi, também conhecida como Puerto Cabezas. Casada, ela é mãe de um filho de três anos, a quem visita junto com o marido em Cuba durante o mês de férias, todos os anos.

Igleidis também é casada e tem uma filha de 19 e um filho e três. Com experiência de 16 anos como médica após se formar em Guantanamo, onde nasceu, Utria trabalhou durante quatro anos na Venezuela e estava havia dois na província boliviana de Florida, localizada no departamento (estado) de Santa Cruz.

As médicas assinaram um contrato de três anos com o governo brasileiro. Com elas, Pacajus passa a contar com quatro profissionais por meio do programa Mais Médicos. “Estou muito feliz de poder vir cumprir esta missão tão nobre no Brasil, que é um país maravilhoso”, afirmou Ida.

Inscrição

Os médicos brasileiros poderão se inscrever até hoje para disputar as nova vagas. No ato de inscrição, os profissionais da saúde escolhem de forma decrescente até quatro cidades onde tenham interesse de atuar. Segundo o ministro Arthur Chioro, os profissionais estrangeiros só serão contratados caso alguma vaga não seja preenchida por brasileiros.

"Nós vamos saber quantas dessas inscrições de médicos se confirmam antes de esgotar o ciclo dos brasileiros. Nós teremos três chamadas de médico brasileiros para depois passar para os médicos brasileiros formados no exterior e só depois, se ainda sobrar uma vaga, médicos estrangeiros. E por fim os médicos cubanos pelo acordo de cooperação com a Organização Pan-americana", explicou Chioro.

Atualmente, 14.462 médicos atendem no programa em 3.785 municípios e em 34 distritos indígenas. Desse total, 1.846 são brasileiros formados no país, 1.187 formados no exterior, entre estrangeiros e brasileiros, e 11.429 são médicos cubanos. Para 2015, a previsão é de que o Mais Médicos tenha 18.247 profissionais atendendo em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas. A expectativa é de que 63 milhões de brasileiros sejam beneficiados com o novo edital.

Pelo edital lançado em janeiro, 1.500 municípios que atendem aos critérios determinados pelo governo poderiam manifestar interesse em aderir ao programa ou ampliar a quantidade de médicos. No entanto, de acordo com Arthur Chioro, 206 municípios não se manifestaram. "É importante estabelecer o seguinte: os 206 que não escolheram já tinham preenchido os critérios, então foi decisão da prefeitura", afirmou Chioro.