02/02/2015

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Petista nega instabilidade na relação entre governo e Legislativo

O deputado federal Eduardo Cunha foi eleito na noite do último domingo (1/2) o novo presidente da Câmara Federal. O pemedebista sucede Henrique Eduardo Alves, também do PMDB, e conquistou o voto de 267 parlamentares, 13 a menos do estimativas mais conservadoras previam e muito inferior às previsões mais otimistas (320).

Cunha venceu a disputa contra Arlindo Chinaglia (PT-SP), que obteve 136 votos, Júlio Delgado (PSB-PE), e Chico Alencar (Psol-RJ). Na avaliação do candidato petista apoiado pelo governo, não há risco algum de instabilidade na relação entre o Executivo e o Legislativo e defende que a Casa cumpra o papel institucional que lhe cabe.

Pelo microblogging Twitter, Guimarães admitiu a derrota do Partido dos Trabalhadores na disputa pela Presidência da Câmara e agradeceu o trabalho realizado pelos técnicos e parlamentares da liderança do partido na Casa. "Temos que avaliar o caminho percorrido e termos humildade para recompor a base do governo e construirmos uma nova maioria na casa", disse.

“Eu entrei (na disputa) para defender programa, uma concepção da Câmara dos Deputados, para assumir compromissos e valores. Agora, na medida em que a maioria decidiu, eu não tenho o que questionar, eu respeito e não vou mudar minha atitude nem tampouco o meu modo de proceder”, comentou Chinaglia após a divulgação do resultado.

Neste mesmo sentido, o novo presidente da Casa descartou que a própria vitória representasse uma derrota do governo no Congresso Nacional. Conhecido pelo perfil de articulador político, Cunha fez questão de ressaltar que será “o presidente de todos” e deve colocar em prática o mote de sua campanha, que foi a independência da Casa em relação aos demais poderes.

“Somos responsáveis o suficiente para saber que o País precisa uma estabilidade política. E que nós não vamos ter estabilidade econômica sem estabilidade política. Não será a Presidência da Câmara que vai provocar a instabilidade”, afirmou.
Cunha preside a Câmara dos Deputados pela primeira vez hoje, a partir das 15h (Horário de Brasília), e permanece no cargo até janeiro de 2017, quando será realizada nova eleição.

Entre as atribuições do novo presidente está a designação dos presidentes e dos relatores das comissões da Câmara dos Deputados. De praxe, a nomeação para os cargos obedece a proporcionalidade partidária, tendo o Partido dos Trabalhadores o maior número cadeiras na Casa.