27/01/2015

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Congresso Nacional abre legislatura em clima de disputa

Esta é a última semana de campanha eleitoral para escolha dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pelos próximo biênio (2015-2016). Com a intensa disputa entre Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal José Guimarães (PT-CE) embarca hoje em direção à Brasília com a missão de eleger o paulista Presidente da Câmara.

Câmara e Senado elegem os respectivos presidentes no próximo domingo (1º), na abertura dos trabalhos legislativos de 2015. Além das presidências, também estarão em disputa os demais seis cargos que compõem as mesas diretoras das duas casas: duas vice-presidências, a secretaria e três vice-secretarias. Os presidentes são responsáveis, ainda, em suas respectivas casas, a pautar a agenda do Congresso, criar, extinguir e indiciar presidentes e relatores das comissões.

Se no Senado a disputa entre Renan Calheiros (PMDB-AL) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) aparece no noticiário político como uma disputa amena, na Câmara o panorama é bem diferente. As campanhas de Chinaglia e Cunha brigam voto à voto após terem percorridos vários estados da Nação em troca do apoio dos governadores. Júlio Delgado (PSB-PE) e Chico Alencar (Psol-RJ) aparecem em terceiro lugar e quarto lugar nas intenções de voto e devem ter papéis decisivos na eleição do próximo presidente da Casa Legislativa.

O racha entre aliados da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, na opinião do deputado federal José Guimarães (PT-CE), é natural e o que está em jogo são duas maneiras distintas de legislar a favor do País. Em entrevista, o parlamentar cearense reforçou que não há clima de cisão e ponderou que após a votação os ânimos voltam ao normal.

“Não está em jogo o governo da presidente Dilma, o que está em jogo é o Parlamento. Qual o Parlamento é importante para o Brasil neste momento? Qual a agenda para Câmara dos Deputados? Depois da eleição vão entrar em ação os chamados bombeiros, que apagam os incêndios e os fogos deixados pelo tensionamento. É normal que numa disputa dessa magnitude os ânimos se acirrem”, ponderou Guimarães.

As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrem às 18h (horário de Brasília) do próximo domingo (1º). Caso o primeiro colocado não detenha a maioria dos votos isoladamente é marcado um segundo turno de votação que acontece logo em seguida.

A posse dos deputados e senadores acontece às 10h e o ano legislativo na segunda-feira (2).