21/01/2015

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"O Brasil pode eliminar a hanseníase", afirma Arthur Chioro

Nos últimos dez anos, a taxa de prevalência da doença caiu 68% e a taxa de cura aumentou 21,2%. Em 2003, por exemplo, 69,3% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram. Já em 2014, esse número saltou para 84%.

A queda é resultado das ações voltadas para a eliminação da doença, intensificadas nos últimos anos.

Segundo o ministro da Saúde, Artur Chioro, os dados mostram que é possível eliminar a doença, mas a detecção de casos de forma precoce e o efetivo tratamento são fundamentais no processo. "Conseguimos notar que a doença vem tendo um decréscimo desde 2003 e temos a ambição de eliminar a hanseníase como um compromisso do Sistema de Saúde. Ele é possível”, comentou.

Campanha contra a Hanseníase

O Ministério da Saúde também apresentou a campanha publicitária de 2015 para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da hanseníase e o tratamento que é ofertado de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova campanha tem o mote "Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar". A iniciativa deste ano será iniciada no mês de agosto em escolas de todo o Brasil e vai reforçar que a doença tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não adequado .

A Campanha será direcionada aos municípios de maior prevalência, localizados nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Temos estados com taxa de enfermidade acima do desejado, por isso intensificaremos a campanha nesses locais", explicou Arthur Chioro.

Para o ministro, é um desafio permanente combater doenças ligadas à pobreza, preconceito e dificuldade de acesso a tratamento e saúde. “A hanseníase vem sendo marcada por este padrão de distribuição que tem a ver com a desigualdade social profunda que ainda existe em vários lugares", disse.

Em 2014, a Campanha foi divulgada em escolas públicas do ensino fundamental para alunos de 5 a 14 anos. Depois de passarem por exames clínicos, 354 crianças foram diagnosticadas com hanseníase, representando 0,15% de incidência.

Cinco estados responderam por mais de 80% do total de casos diagnosticados: Pará, Mato Grosso, Maranhão, Bahia e Pernambuco.

A doença

Transmitida pelas vias respiratórias, a hanseníase atinge a pele e nervos periféricos. A manifestação mais comum da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas pelo corpo. Após iniciado o tratamento, a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente.

Em 2013, o Brasil registrou 31.044 casos novos da doença com incidência de 15,44/100 mil habitantes na população em geral.

Tratamento pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. Os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura.

O Ministério da Saúde indica que  pessoas procurem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas, de qualquer cor ou parte do corpo.

Fonte: Portal Brasil