11/06/2014

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Guimarães defende reaproximação com os movimentos sociais

À beira do processo eleitoral, o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputado federal José Guimarães (CE), defendeu em entrevista ao Portal iG uma retomada dos rumos da legenda a partir de uma reaproximação com os movimentos sociais e uma reavaliação da política de alianças nacionalmente. Para ele, o PT transformou-se “num partido institucional”.

Para ele, o ciclo de alianças inaugurado pela fase “Lulinha Paz e Amor” foi “correto”. “O que não foi correto é o PT ter abandonado os outros caminhos e se institucionalizar dentro da máquina pública só para isso”, defende o ex-líder do PT na Câmara pregando uma posição mais independente em relação ao governo.

“O partido tem de tensionar o governo, sim. O programa do partido é um, do governo é outro. Tem pontos de identidade e não pode ser a mesma coisa. Isso vale para qualquer governo”, deixando claro que isso não significa abrir mão do compromisso com o governo da presidente Dilma.

IRMÃO

Guimarães também falou a respeito de seu irmão, o ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino (SP), que voltou a cumprir pena no presídio da Papuda, em Brasília, no dia 1o de maio, depois de período em prisão domiciliar. Ele contou que tem feito visitas às quartas-feiras ao irmão e que a situação dele tem pertubado a família.

“Fiquei chocaco. Isso chocou muito a nossa família. Minha mãe, talvez, seja a maior vítima disso. Ela tem 88 anos. Se eu ligar todo dia para ela, ela me pergunta como está o Genoino”, cita. “Todo mundo sabe. Se tiver três pessoas honestas nesse país ele é uma delas”, acredita.

“Foi duro. Não sei quando essa ferida vai cicatrizar. A vida é quem vai dizer”, completa.

 BARBOSA

 Ao comentar sobre a aposentadoria do presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa, Guimarães procura não dar importância demasiada. “Um ato normal. Para mim, não teve nada especial nisso. Nem que fica, nem que sai. Todos os atos do Joaquim estão aí para sociedade julgar. Ele sairá agora, não sei e nem me interessa as razões que o levaram a deixar a Corte Suprema”, declarou.

O deputado federal ainda comentou a possibilidade de Barbosa seguir a carreira política. “Quando um juiz, um promotor, vai para política, para mim é a melhor coisa porque os mortais se igualam. Adoraria que nos encontrássemos no parlamento fazendo política”, disse ao portal iG.

2005

Por fim, o vice-presidente do PT comentou a respeito do episódio em que um ex-assessor foi detido, em 2005, no Aeroporto de São Paulo, no auge da crise do mensalão no caso amplamente divulgado pela imprensa como o “caso dos dólares na cueca”. Na época, o petista era deputado estadual pelo Ceará, foi inocentado pela Assembleia e ainda garantiu a eleição para Câmara dos Deputados no ano seguinte.

 “Cheguei aqui [na Câmara dos Deputados] em 2007 marcado por isso. O irmão do Genoino. Furar isso talvez tenha sido o meu maior desafio”, admitiu.

Clique aqui para assistir as entrevistas.

(com informações e imagens do Portal iG)